12 Dicas Mindfulness Para Te Abrires à Auto-Compaixão

Já te deste conta da forma como diariamente falas contigo mesma/o?

O que dizes a ti mesma/o quando te esqueces de algo importante? Ou quando deixas ficar as chaves do carro perdidas algures? Ou quando não tomaste a decisão, supostamente, mais certa? Ou quando deixaste que alguém falasse contigo sem te impores? Ou quando…?

“Sou sempre a mesma coisa…”

“Sou um/a estúpida/o…”

“Não acredito que acabei de fazer isto! Que burra/o!”

“Não mereço ser feliz…”

“A partir de agora não quero sentir mais nada! Estou farta/o de sofrer!!”

 

És tão dura/o contigo mesma/o, já te deste conta?

Como podes esperar receber amor, quando não te permites, amar-te por uns breves segundos?

Todas/os nós, diariamente, mergulhamos no diálogo interno de auto-crítica por vezes e auto-comiseração outras tantas vezes. Tantas e tantas, que nem sequer nos questionamos se, efetivamente, este diálogo nos leva a algum lugar. Mas ele leva, sabes onde?

Leva-te para um lugar onde te sentes só, excluída/o, diferente… Um lugar onde não és capaz de te amar, quanto mais de reconhecer o amor que, possivelmente, te rodeia.

A Auto-compaixão fala-nos de abrirmos um espaço na nossa vida a estabelecermos uma relação connosco. Uma relação humana, presente e generosa para connosco mesmas/os.

 

Como podes começar?

Deixo-te aqui 12 dicas Mindfulness para te abrires à Auto-Compaixão:

 
1. Larga o auto-julgamento.

A auto-compaixão significa deixar ir o julgamento de cada vez que ele aparece na tua mente. É importante que percebas que o objetivo não é deixares de julgar, porque o julgamento faz parte da natureza humana, acima de tudo o objetivo passa por reconheceres esse movimento da tua mente como, apenas, um movimento e soltares, largares e não te enredares. E sim, com o tempo o julgamento acabará, naturalmente, por não estar tão presente.

 
2. Faz o que te dá energia.

A auto-compaixão fala-nos sobre estarmos atentas/os às nossas necessidades, a estarmos atentas/os de forma gentil e compassiva aquilo que realmente necessitamos e, permitirmo-nos fazê-las sem culpas ou pesos.

 
3. Cuida de ti primeiro.

O cuidado e compaixão por ti mesma/o deve ser a tua prioridade, só depois conseguirás estar inteira/o para os outros.

 
4. Permite-te sentir, e viver, os momentos difíceis.

A auto-compaixão ensina-nos a honrar e permitir que o nosso sofrimento possa estar simplesmente aqui, tal e como é, sem o modificarmos, sem nos anestesiarmos. Aprendermos a abrir espaço ao desconforto, a dar-lhe espaço para ser recebido com carinho e generosidade. És apenas um ser humano, aprender a lidar com o sofrimento irá permitir-te, também, compreender o que realmente está a acontecer e o que realmente necessitas.

 
5. Permite-te falhar.

A auto-compaixão também nos ensina a não termos que estar certas/os, ou a fazer a coisa certa o tempo todo. Abrir a porta para a aceitação de que eu não tenho que ser melhor nem pior. Lembra-te, não tens que chegar a nenhum lugar em particular. A vida é o caminho, não o ponto de chegada. Falhar, é permitirmo-nos aventurar na vida sem mapas.

 
6. Diz a verdade a ti mesma/o.

Falar contigo desde esse ponto onde olhas, sem medo, sem vergonha, sem culpa, para a tua vida. A verdade liberta e apazigua o coração, é nesse lugar que deixas de ver “fantasmas”. Tu tens direito a sentir o que estás a sentir.

 
7. Perdoa-te a ti mesma/o.

Como é que praticas auto-compaixão? Perdoando-te nas pequenas coisas. Perdoando-te quando julgas a pessoa ao teu lado por achares que estava errada. Perdoando-te por teres discutido com a pessoa que mais amas. Perdoando-te por não teres tempo para fazeres o que gostas…

 
8. Abre-te à imprevisibilidade e impermanência da vida.

A auto-compaixão significa, também, abrirmo-nos à natureza imprevisível e impermanente de sermos humanos. Significa sermos gentis. Significa permitirmos que os planos se alterem, que as decisões mudem, e que possamos vivenciar livremente os momentos de calma e paragem.

 
9. Não estás sozinha/o.

A auto-compaixão fala-nos da nossa profunda humanidade, é isso que todos temos em comum. Todos nós, diariamente, travamos as nossas batalhas, os nossos demónios, não há nenhuma vida melhor do que a outra, não há nenhum “paraíso” a alcançar.

 
10. Sê generosa/o.

Contigo! Sê generosa/o onde quer que te encontres na vida em termos físicos ou emocionais, tão simples e tão difícil como isso. Convida a generosidade para a tua vida. E depois expande-a para o que te rodeia.

 
11. Aceita o que te toca a viver momento a momento.

A auto-compaixão faz-nos expandir e crescer na aceitação do que nos toca viver, as luzes, as sombras, as purpurinas, a lama, as lágrimas e as gargalhadas. Tudo é importante e nada é importante.

 
12. Deixa de esperar pela perfeição.

Quantos momentos da vida já perdeste em busca do extraordinário? Sê paciente contigo. Sê amorosa/o, gentil. Abre-te à tua imperfeição.

 

A compaixão não é nenhum projeto de auto-melhoria ou nenhum ideal segundo o qual devemos viver. Ter compaixão começa, e termina, com ter com cultivarmos compaixão por todas as partes indesejadas de nós mesmos, todas aquelas imperfeições para onde não queremos olhar.
Pema Chodron

Tu Podes Fazer a Mudança

Vamos explorar. Vamos conversar sobre como podemos encontrar a mudança.
Agora podes viver a vida que sempre quiseste.

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