O Que Se Esconde Por Detrás da Raiva?

Já pensaste alguma vez porque ficamos zangados e sentimos raiva? O que será que acontece?

As nossas emoções, segundo o psicólogo Daniel Goleman são, na essência “impulsos para agir”. Elas são movimentos internos que se movem desde dentro para fora de nós. São parte do nosso instinto. Sem nós não sobreviveríamos.

 

Mas se existem emoções com as quais convivemos com facilidade, outras já não as queremos tão presentes. A raiva é uma delas.

 

Mas, será ela nossa aliada ou inimiga? Qual será o seu propósito?

Pensa na raiva como um iceberg, um pedaço de gelo a flutuar no grande oceano. Grande parte desse iceberg, encontra-se escondido debaixo de água, não é possível percebermos o seu tamanho, a sua dimensão.

Da mesma forma, quando sentimos raiva, existem outras emoções escondidas abaixo da superfície. São emoções onde temos dificuldade em tocar e, em que a raiva, simplesmente está ali como bandeira para sinalizar o caminho para dentro.

 

No entanto, o que acontece depois da explosão?

Voltamos a ficar pela superfície. Voltamos a mergulhar as outras partes nas profundezas de quem somos.

É muito fácil vermos a expressão da raiva no nosso rosto e nos nossos comportamentos, mas pode ser muito mais difícil percebermos do que nos está ela a proteger.

 Já te deste conta dessa subtileza? O que escondes nas profundezas do teu oceano?

Os nossos sentimentos e emoções mais cruas são mensageiros que surgem para nos ensinarem coisas sobre nós próprios e, ao mesmo tempo, sinalizarem as direções para onde devemos direcionar o nosso olhar.

Existe algo mais para além da tua raiva.

 Existe algo mais da tua história a querer vir à superfície.

Algo profundo que é necessário reconheceres para te libertares.

A raiva é muitas vezes descrita como uma “emoção secundária” pois, as pessoas tendem a utilizá-la, sem saberem, como escudo protetor das suas emoções mais cruas, vulneráveis e avassaladoras.

 

O que será que se esconde para além da tua raiva? Já te deste conta?

Aprendermos a reconhecer a raiva como um mecanismo protetor das nossas emoções mais dolorosas poder ser incrivelmente poderoso. Pode encaminhar-nos para reflexões individuais empoderadoras, e para diálogos transformadores nas nossas relações. Este reconhecimento, este abrir espaço, permitir-nos-á compreender-nos, e aos outros, melhor.

Uma das coisas mais complicadas acerca da raiva, é que ela nos coloca numa posição de defesa ou ataque, mediante o papel que estamos a assumir numa relação, ou connosco próprios.

 

O que acontece?

Em qualquer um destes lugares, a raiva tende a aumentar e a explodir sem nos pedir autorização.

Aqui ficam 3 dicas poderosas que te podem ajudar a escutar a raiva que sentes, e a dos outros:

 

1- Não leves tudo a peito quando discutes com outras pessoas.

A raiva do outro, normalmente, não é sobre ti. É sobre os sentimentos que a outra pessoa não se permite sentir. Assim como tu, quando sentes raiva, lembra-te disso.

Perante estas situações, cultiva a curiosidade: tenta perceber o que será que está por detrás do que a pessoa está a sentir, ou do que tu estás a sentir. Este movimento ajudar-te-á a aproximares-te da outra pessoa e dos teus próprios sentimentos mais profundos.

 

2- “Acalma-te!” não é a melhor solução.

O objetivo de escutar a raiva não é o de modificar o que tu, ou a outra pessoa estão a sentir, pois o que poderá acontecer é que perante esta expressão, a raiva tende a escalar!

O que se pretende é que te “sentes” com as tuas emoções e com as da outra pessoa, comunicando que as compreendes e aceitas. Abrir este espaço irá permitir que as emoções por baixo da superfície, possam emergir. E, paralelamente, o efeito de se sentir escutado, e de te sentires escutado, tem um efeito apaziguador e, a longo prazo, permite o desenvolvimento da confiança e segurança.

Quem sabe cresceste num ambiente onde a raiva não tinha espaço para ser expressa? Ou quem saiba queiras solucionar a raiva do outro porque te assusta? Ou quem saiba tu próprio deixes escalar a raiva porque não sabes lidar com ela?

Pensa sobre isso. “Acalmar” será a solução? Ou abrir espaço ao desconforto, poderá ser uma via para a descoberta?

 

3- Identifica o obstáculo.

Normalmente a raiva é causada por um obstáculo que está a bloquear chegarmos a um determinado lugar: o que poderá ser, sentirmo-nos de uma determinada forma ou fazermos o outro (e nós próprios)  sentir-se especial ou reconhecido. Numa relação, reconhecermos o obstáculo pode ser de extrema importância pois, irá permitir-nos perceber porque é que o outro está zangado e, perceber, que isso não tem diretamente a ver connosco. Assim, abrimos espaço para que outras emoções possam entrar, ao mesmo tempo que nos permitirmos estar com o outro de forma mais presente.

 

Não nos podemos esquecer que quando a raiva surge é por uma razão.

O nosso papel, o teu papel, é sentares-te com ela e abrires espaço para que se expresse e para que te permita, compassivamente, descobrir o que te quer comunicar. Assim, não só estarás a estabelecer uma relação mais presente e amorosa contigo como, a longo prazo, isso irá ajudar-te a relacionares-te com a expressão da raiva dos outros de uma forma mais aberta e sem julgamentos.

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