Tu és suficiente!

De certeza que já tiveste momentos na tua vida, quem sabe até neste momento, em que não te sentes capaz, em que estás profundamente cansado. Em que sentes que, por mais que faças ou tentes não te sentes à altura dos desafios, não te sentes parte de alguma coisa, não te sentes capaz de decidir, ouvir, falar, escolher… Não te sentes…

Talvez até tenhas pensamentos inquietantes e que te assaltam quando tu menos esperas:

“Será que me me amam?”
“O que pensariam se descobrissem o que se passa na minha cabeça?”
“Será que os meus pais vão aceitar as minhas opções?”
“Tenho vergonha…”
“Tenho medo…”
“Porque é que tudo me corre mal?”
“Porque é que não fui capaz de dizer isto?”

Talvez sejam esses pensamentos que te deixam acordado à noite, que fazem com que tenhas insónias e que te distraias durante o dia.
Não interessa quantas coisas boas tenhas na tua vida, parece que só consegues ver o que realmente corre mal. É-te familiar?

Tenho uma novidade para ti que estás aí desse lado:

NÃO ESTÁS SOZINHO.

Assim como tu, também outras pessoas, e eu, se cansaram.
Cansaram-se de procurar ser perfeitos. Não é isso que tu queres? Ser perfeito para pertenceres e seres amado?

É verdade. Tal como tu também todos nós travamos essa batalha. Uma batalha que nos leva cada vez mais para longe de nós. Cada vez mais para fora e menos para dentro.

Não estás cansado de tentar agradar os outros só para teres um pouco de atenção e amor?
Não estás cansado de tentar pertencer a alguma coisa, mesmo que isso implique ir contra aquilo em que acreditas?

E nestas tentativas, já reparaste que quando te perguntam sobre o amor, tu falas sobre as vezes que sofreste?
Ou quando te perguntam sobre pertencer, tu falas sobre as vezes que foste rejeitado, abandonado ou excluído?

Já tinhas escutado essas partes de ti? Talvez ainda não te tenhas dado conta…

E sabes porquê? Porque te sentes desconectado. Mas a verdadeira desconexão não é dos outros. É ti mesmo.

Não sabias? Sim, é verdade: TU ESTÁS DESCONECTADO DE TI.

E essa desconexão, passa tantas vezes por querer agradar o outro para te sentires aceite e amado. E sabes o que acontece? Muitas vezes vês-te obrigado a ser uma coisa que não és só para pertencer. E tudo isso deixa-te infeliz, desnorteado e desenraizado.

SABES PORQUÊ?

Porque sentes vergonha.

Pensa bem, quantas vezes já sentiste vergonha de quem tu és? Quantas vezes já foi preciso justificares os teus comportamentos em função do que o outro queria? Quantas vezes te desviaste do teu caminho para seguir alguém?

E tu? E as tuas necessidades? Onde estás? Onde estão?

Sabes, a verdade é que nós temos medo. É algo comum à nossa humanidade. E tu podes ter medo! Tens esse direito! Assim como tens o direito de estar cansado!

Tens medo de não ser amado. Medo de não ser aceite. Medo de não ser o/a companheiro/a ideal. Medo de magoar. Medo de não ser o pai/mãe perfeito. Medo de não alcançares os teus sonhos.

O medo desconecta-te da vida, e ao desconectar-te da vida, desconecta-te de ti mesmo!

Mas sabes uma coisa? Para te sentires conectado, precisas ser visto!
Mas seres visto tal como és. Sem máscaras, sem adornos. Ficares vulnerável à vida. Porque é aí que tudo acontece.

É aí que te tornas uma pessoa de coração inteiro e te sentes merecedor da vida só porque existes. Tu tens direito a existir, não importa o que fazes, o que escolhes ou para onde vais. Tens direito. Tu existes. Tu és um mundo inteiro a acontecer. És único. És irrepetível. Por isso, por favor, deixa de fingir ser quem não és.

Assume-te! Assume que és um coração aberto e inteiro. Abre-te à vida. Sim, é provável que sofras. Sim, é provável que magoes o outro. Sim, pode ser que não consigas alcançar o que desejavas. Mas também é provável que sejas feliz, que sejas surpreendido pela imprevisibilidade da vida, e que esta te ofereça novas oportunidades com as quais nem sonhavas, por viveres enredado nas diferentes personagens que assumes. É possível que sejas amado!

Um coração aberto e inteiro é o que te faz viver intensamente, incondicionalmente e completamente. É o que te faz sentir ser merecedor de amor.

Solta a ideia de quem deverias ser. Não tens que ser outra coisa senão tu mesmo! Sabias? Não é libertador? Sê tu mesmo! Não tenhas medo, não tenhas vergonha, não sintas culpa de seres quem és!

Isso é ser autêntico, isso é ser coerente. Mas isso também implica assumires que és imperfeito e, bom, para isso é preciso agarrares a tua coragem. Assumires a vida de coração, contares a tua história com aquilo que escolhes. Teres compaixão por ti. Até que, nesse caminho finalmente te conectas a ti e descobres que não precisas de corresponder a nada. Porque tu pertences a ti mesmo.

Abraça a tua vulnerabilidade. Quando o teu mundo parece estar a colapsar, mergulha na tua vulnerabilidade porque é ela que te vai conectar à vida e mostrar-te a sua e a tua beleza.

Sim, a vulnerabilidade é difícil. Mas ela é necessária. Ela pede-te para fazeres as coisas sem garantias. Pede-te para amares sem saberes se vais ser correspondido. Pede-te para atravessares mesmo quando tens medo. Pede-te para escolheres um caminho sem saberes onde vai dar. Pede-te para dares sem saberes se algum dia vais receber. Pede-te para te atirares ao abismo sem saberes se tens alguém ou alguma coisa para te amparar a queda. Isso é a vida.

Não te anestesies. Não lutes. Para de fingir. Para de tentares ser uma coisa que só tem como objetivo ser aceite pelos outros. Como podes querer ser amado e amar, se não amas a primeira pessoa a necessitar do teu amor: TU MESMO?

Quanto mais lutas, quanto mais resistes, mais a vida te puxa para a necessidade de te vulnerabilizares e abrires o teu coração. Sim, pode haver dor, sim há coisas que não queres ver. Sim tens fantasmas. Sim tens coisas de que te arrependes. E depois? Nada disso te define. E quando, finalmente, vencido pelo cansaço de evitares ser quem realmente és, te rendes e deixas cair a fortaleza: GANHAS A TUA VIDA DE VOLTA!

Ama com todo o teu coração, a vida não te dá garantias, por isso o que tens a perder?

Quando finalmente te rendes, descobres a maior verdade sobre ti.

SABES QUAL É?

TU ÉS SUFICIENTE.

Ouviste bem? Eu vou repetir:

TU ÉS SUFICIENTE!

Já não precisas correr atrás da relação perfeita, do sentido das coisas, do querer agradar o outro, do querer pertencer:

TU ÉS SUFICIENTE: Já não precisas gritar para ser ouvido, já és capaz de te escutar! Já és amado: por ti!

ESCUTA-TE! CELEBRA-TE! HONRA-TE! ÉS MERECEDOR DE SIMPLESMENTE EXISTIR! ÉS MERECEDOR DE AMOR!

Tu Podes Fazer a Mudança

Vamos explorar. Vamos conversar sobre como podemos encontrar a mudança.
Agora podes viver a vida que sempre quiseste.

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